INFORMAÇÃO SUMÁRIA DA FREGUESIA DE MESSEGÃES
Padroeiro: S. Miguel.
Habitantes: 257 habitantes (I.N.E.2011) e 360 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Pecuária e agricultura, vinicultura, pesca fluvial, pequeno comércio e pequena indústria.
Tradições festivas: S. Miguel (29 de Setembro).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Santuário do Senhor dos Passos, nichos e alminhas e três cuzeiros, Margens do rio Minho e Águas de Santo Antão.
Gastronomia: Debulho de sável e arroz de lampreia.
Colectividades: União Desportiva “Os Raianos “, Associação Cultural Recreativa e Social de Messegães Valadares e Sá.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS DA FREGUESIA DE MESSEGÃES
- Miguel de Messegães, dista 11 km da sede do concelho, confronta com o rio Minho a norte e a poente, com Valadares a nascente e com Ceivães a sul e a poente. A freguesia é pequena. Tem uma área de apenas 206 ha e por isso a densidade populacional tem sido sempre superior à média do concelho.
São seus lugares principais Paço, Pereiro, Vila, Cruzeiro, Chão, Cachada, Senra e Cova.
O acesso rodoviário à freguesia faz-se pela E.N. 202 e os habitantes utilizam normalmente as carreiras de transportes públicos regulares para as suas deslocações.
A agricultura é ainda uma actividade fundamental nesta freguesia onde a produção do vinho verde é de muito boa qualidade. As principais actividades industriais geradoras de emprego, para além da agricultura, são as oficinas de serralharia, a carpintaria e a construção civil. Por falta de incentivos não tem havido investimento na área da freguesia. Mas também não há desemprego a nível preocupante porque a emigração tem sido a solução encontrada por quem espera um melhor futuro para si e para os seus. Os emigrantes ao regressarem quase só investem localmente na construção da casa própria.
O nível de prestação de serviços dentro da freguesia é relativamente baixo e o comércio limita-se ao fornecimento dos produtos essenciais e de consumo corrente.
A Junta de Freguesia pensa que neste aspecto, havia lugar para uma maior diversificação comercial. No entanto, os principais condicionalismos que limitam a qualidade de vida das pessoas, situam-se nas infra-estruturas. De facto, além da rede pública de abastecimento de água ao domicílio que abastece a totalidade da freguesia, pouco mais existe. A rede de distribuição de água, com as melhorias em curso é mesmo já a menina dos olhos da Junta e dos moradores. Quanto ao saneamento a situação é contrária. A recolha de lixo faz-se uma vez por semana em toda a freguesia e a população espera que se venha a fazer pelo menos duas vezes e que sejam instalados ecopontos.
O parque escolar de Messegães, comporta um estabelecimento de ensino pré-escolar público e uma escola de ensino básico do 1.º ciclo, com quatro salas. A Junta de Freguesia pensa que apenas se sente a falta de um refeitório junto ao edifício da escola.
Ao nível do sistema de saúde, a população gostaria de ver reaberta a extensão de um centro de saúde que já teve, bem como espera pela construção de um centro de dia. No que se refere ao equipamento para a prática desportiva, para a cultura e lazer, registe-se a existência de um campo de jogos, da biblioteca pública e dos serviços da biblioteca itinerante e ainda as salas da sede da União Desportiva “Os Raianos”, da Associação Cultural, Recreativa e Social de Messegães, Valadares e Sá.
Em relação à capacidade de acolhimento a não residentes, a freguesia gostaria de ter a possibilidade de instalar um parque de campismo de forma a captar mais visitantes e rentabilizar as potencialidades da região. Outro sonho antigo da Autarquia é a construção de uma praia fluvial e de uma aldeia turística, com a finalidade de criar emprego e riqueza através do turismo.
Também seria de aproveitar a riqueza da gastronomia local principalmente os pratos saborosos como o debulho de sável e o arroz de lampreia.
Reconhece-se que a freguesia é pequena principalmente em população. Mas, tem algumas potencialidades, já que as margens do Rio Minho, além de particularmente encantadoras, poderiam servir de base a uma nova centralidade e a uma verdadeira atracção turística. Seria a partir desse núcleo que as outras riquezas patrimoniais poderiam também ser melhor apreciadas e aproveitadas.
No entanto, a concretização de alguns projectos nestas áreas deveria ser encarada, num futuro próximo, através da associação com as freguesias vizinhas, com o objectivo de estudar e resolver alguns problemas comuns, como sejam os que todos sentimos nas áreas da saúde, do apoio aos idosos, nas acessibilidades e ligações internas e também no já referido desenvolvimento turístico e económico das áreas ribeirinhas do Rio Minho.
RESENHA HISTÓRICA DA FREGUESIA DE MESSEGÃES
O topónimo vem de messe, seara. As planícies onde esteve a antiga igreja ainda conservam o nome de Searas ou chã de Messegães.
A primeira apresentação era da casa dos marqueses de Vila Real, mas, tendo perdido a vida, por traidor à Pátria, o último titular, em 1641, e criando D. João IV a Casa do Infantado, passou para ela a maior parte dos bens e rendas confiscados.
Pertenceu, anteriormente, ao concelho de Valadares, extinto em 1855.
O património cultural e edificado, poderia assim ser melhor utilizado. Referimo-nos à Igreja Paroquial, ao Santuário do Senhor dos Passos, aos vários nichos, alminhas e cruzeiros espalhados pela freguesia.
INFORMAÇÃO SUMÁRIA DA FREGUESIA DE VALADARES
Padroeira: Santa Eulália.
Habitantes: 204 habitantes (I.N.E.2011) e 267 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária, vinicultura, pequeno comércio e pequena indústria.
Tradições festivas: Senhora da Abadia e Santa Luzia (primeiro fim de semana de Agosto).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Igreja da Misericórdia, Capela de Santa Luzia e Casas do rosal, da Amiosa e do Mezio, Capela da Senhora da Abadia e margens do rio Minho.
Gastronomia: Arroz de lampreia.
Colectividades: Grupo Coral de Valadares e Centro Cultural Social e Recreativo de Valadares, Messegães e Sá.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS DA FREGUESIA DE VALADARES
Valadares é uma freguesia portuguesa do concelho de Monção, com 1,86 km² de área e 224 habitantes (2001). Suas localidades são: Albergaria, Amiosa, Bemposta, Carvalheiro, Casas de Baixo, Gandra, Grova, Guimare, Mamoa, Mezio, Outeiral, Paço, Parameses, Passal, Pereiro, Portela, Quinta da Ameosa, Quinta do Rosal, Rosa, Valadares e Vila.
RESENHA HISTÓRICA DA FREGUESIA DE VALADARES
Há referências a esta freguesia a partir do ano de 989. Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, é citada como uma das igrejas do bispado de Tui. Denominava-se apenas Santa Eulália. Pertenciam-lhe, então, São Cosme de Podame, São Pedro de Mou, São Salvador de Tangil, São Julião de Badim, São Paio de Segude, São Tiago de Penso, Santa Comba de Felgueiras, São Salvador de Ceivães, São João e Santa Eulália de Sá, São Miguel de Messegães, o couto de São Vicente, São Martinho de Alvaredo, o couto do mosteiro de São Salvador de Paderne, São Paio de Paderne, São Marcos da Várzea, Santa Segoina de Chaviães, São Martinho de Cristóval, Santa Marinha de Roussas, Santa Maria de Paços, vila e couto de Melgaço, mosteiro de Fiães e Santa Maria de Castro Laboreiro.
Na avaliação dos benefícios eclesiásticos da comarca de Valença, a que procedeu o vigario Rui Fagundes no tempo do arcebispo D.Manuel de Sousa, em 1546, referem-se duas igrejas de Sá, tendo uma delas como padroeira Santa Eulália. Situavam-se ambas na terra de Valadares. Santa Eulália tinha de rendimento 20 mil réis.
No Cadastro de 1527 integravam Valadares o couto do mosteiro de Paderne, o do mosteiro de Fiães, as igrejas de São João de Lamas de Mouro, Riba de Mouro, Tangil, São Martinho de Alvaredo, Santiago do Penso, São João de Sá e Santa Ovaia, sua anexa, São Miguel de Messegães, São Salvador Mouro Jusão de Badim e São Gião de Badim, sua anexa, São Paio de Segude e São Cosme de Podame.
Estas freguesias pertencem hoje aos concelhos de Monção e de Melgaço.
Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, figura, enquadrada ainda na terra de Valadares, a igreja de Santa Eulália de Sá.
Era então da apresentação do marquês de Vila Real.
Américo Costa descreve-a como sendo abadia da apresentação da Casa de Vila Real e depois da Casa do Infantado.
Em termos administrativos, o concelho de Valadares foi suprimido por Decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a pertencer ao de Monção.
Inventário do Património Arquitectónico
Em http://www.monumentos.pt
Informações detalhadas acerca de:
► Igreja da Misericórdia de Valadares
► Antiga Cadeia de Valadares
► Casa da Amiosa
► Cruzeiro do Senhor dos Aflitos
Veja aqui algumas das notícias publicadas no jornal Frontera Noticias.
*Concelho que ia de Melgaço e Monção (Veja aqui)
*Valadares tinha três juízes e três vereadores (Veja aqui)
*Misericódia era o Banco de Valadares (Veja aqui)
INFORMAÇÃO SUMÁRIA DA FREGUESIA DE SÁ
Padroeiro: S. João Baptista.
Habitantes: 200 (I.N.E.2011) e 218 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária, vinicultura, pequeno comércio e pequena indústria.
Tradições festivas: S. João Baptista (24 de Junho) e N. Senhora da Graça (Maio/Junho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Capela de Nossa Senhora da Graça e Quinta de Santo António, Alto da Senhora da Graça e moinhos no ribeiro da Corga.
Gastronomia: Cabrito assado no forno de pão.
Colectividades: Centro Cultural Social e Recreativo de Sá, Valadares e Messegães.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS DA FREGUESIA DE SÁ
A cerca de treze quilómetros da vila de Monção a sede do concelho, Sá encontra-se no extremo norte do concelho de Monção e estendendo-se por aproximadamente 396 ha, estabelece limites com as freguesias de Valadares, a norte e poente, Badim, a sul Penso (do concelho Melgaço), a nascente.
São seus lugares principais: Sá, Mato, Vila Franca, Albergaria, Eiras dos Mouros e Vilarinho.
Possuidora de lindas paisagens, Sá oferece, devido a uma variedade factores, uma excelente qualidade de vida no tocante à pureza do ambiente que lhe é reconhecida. A sua actividade económica se pauta na agricultura pecuária e vinicultura. O vinho alvarinho é um dos produtos que assumem destaque nesse contexto.
RESENHA HISTÓRICA DA FREGUESIA DE SÁ
É uma terra antiga e com um passado rico, de que se orgulha. Em 916 existia já a vila romana de Sala. No reinado de D. Dinis formava, com a freguesia de Valadares (a cujo concelho pertenceu até à extinção deste), uma honra de D. Mendo Afonso, vice-mordomo da comarca.
Nas inquirições de D. Afonso III, em 1258, Sá é citada como sendo uma das freguesias pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no reinado de D. Dinis é taxada em 40 libras, já então pertencia ao concelho de Valadares.
Aqui nasceu Diogo Cão, descobridor de Angola e do Congo e levantador do notável padrão nas bocas do rio Zaire, filho de Pedro Cão e de uma senhora da Casa da Nóbrega, do concelho de Ponte da Barca.
Descobriu o reino de Bruguela, Angola e Congo colocando o seu último padrão na Serra Parda a 21.º austrais.
A igreja paroquial, construída no século XII, é um belo exemplar do estilo românico.
( Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo)